Não gostarias de conseguir mais fazendo menos? A ideia que o mundo tem disso é a de um certo laxismo e wishful thinking, mas a realidade é bem diferente. Aqueles que conseguem mais fazendo menos são o que se concentram naquilo que é essencial.
Há muita coisa essencial que na senda da célebre frase de Saint-Exupéry ”é invisível aos olhos”, como a amizade, o amor pelos familiares, os teus desejos e vontades. Mas o teu tempo, objectivos, hábitos, saúde física e mental, para ser realmente produtivo, é bom que os olhos os vejam para aumentar a probabilidade de os controlares, em vez de ser alguém que o faz por ti. Cruzei-me com este argumento através de Greg McKeown e do seu livro “essencialismo” que recomendo a todos os que gostariam de fazer mais e melhor usando menos tempo.
Eisenhower dizia “o que é importante, raramente é urgente e o que é urgente, raramente é importante”. Esta é a frase por detrás de metodologias como a matriz das prioridades. Ainda não consegui usar bem esta ferramenta, mas os conceitos que estão por detrás dela implicam saber o que é essencial.
A presença do essencial na matriz das prioridades
Aquilo que é importante e urgente tem a ver com actividades, tarefas e projectos teus de curto prazo, como por exemplo um relatório a entregar, exercícios de avaliação contínua, reuniões a preparar para o dia seguinte.
Aquilo que é importante, mas não urgente, são os teus projectos a longo prazo, como escrever um livro, resoluções do ano, objectivos de trabalho.
O que é urgente, mas não importante corresponde usualmente ao que os outros te pedem, sobretudo o tempo. E é aqui que queria chegar.
O essencialidade do tempo
Até que ponto, quando não estás habituado a perceber o que é essencial, sobretudo no que diz respeito ao teu tempo, deixas que os outros o controlem por ti?
Há que aprender a reconhecer o que é essencial e trabalhar a coragem de dar um passo em frente, de modo a poderes ajudar os outros naquilo que necessitam, sem que isso prejudique o tempo que precisas para as coisas essenciais da tua vida. Já pensaste em como gastas a tua energia quando dizes sim a tudo e todos?
Como Mckeown afirma
”O essencialismo não tem a ver com fazer mais coisas, mas com fazer as coisas certas.”
É importante perceber que ninguém controla o teu tempo e a razão é simples. Como disse uma vez a escritora americana Madeleine l’Engle ”é a capacidade de escolher que nos torna humanos.”
Tu podes escolher.
Escolher o essencial
Não abdiques da capacidade de escolher o essencial e o que fazer com o teu tempo. Já reparaste como muitas pessoas à tua volta, e talvez tu mesmo, se queixam de não terem tempo?
Oiço mais queixas sobre falta de tempo do que falta de dinheiro. O tempo é a moeda invisível que traduz a riqueza daquele que dá prioridade às coisas essenciais da sua vida, como a família, o tempo de estudo, uma mente atenta, etc.
Como é essencial aprenderes cada vez mais e melhor a perceber onde estás realmente a gastar o teu tempo…
Será no essencial? Será no que é prioritário?
Questão: quais as dificuldades que sentes em distinguir o que é essencial daquilo que não é?