Estar atento e concentrar-se é um dos aspectos mais importantes e essenciais enquanto aprendemos. Porém, vivemos num mundo em que as distracções são cada vez mais e com maior frequência. Sabias que, de cada vez que nos distraímos, voltar ao ponto em que estávamos pode demorar 23 minutos a recuperar? É impressionante.
As redes sociais, os smartphones, o acesso fácil à web, entre outras novidades digitais atingiram um nível de desenvolvimento tecnológico sem precedentes. As fontes de distracção crescem também a um ritmo alucinante, produzindo um efeito imediato sobre o teu desempenho.
És imune a um sms, mensagem no Facebook, Twitter, Instagram, Skype, Snapchat, telefonema, email, WhatsApp, etc?
Eu penso que nenhum de nós é.
Então, será que perdemos o controlo sobre o nosso desempenho e produtividade, e estamos dispostos a abdicar da nossa capacidade de focar?
Distracções obrigam-nos a um Switch-tasking
Encontrei recentemente um estudo (LINK) sobre a mudança rápida de tarefas (switch-tasking) enquanto se estuda. Por exemplo, imagina-te a estudar. Entretanto, verificas uma mensagem que te enviaram no Facebook, e, depois, voltas ao estudo. Aliás, o que muitos chamam de multi-tasking, na prática, é um switch-tasking.
Os resultados apontam que a média dos estudantes não consegue aguentar mais do que 6 minutos sem fazer um “switch-task” e quem consultou com maior frequência o Facebook, ou trocou Mensagens, teve pior desempenho. O estudo mostra, essencialmente, a necessidade de trabalhar a nossa capacidade de focar.
6 modos de aprender a focar
No seu livro “Fast Focus”, Damon Zahariades explora 23 tácticas para melhorar a capacidade de concentrar. Aqui saliento 6 que me parecem essenciais.
1. Conhece o teu porquê
A razão pela qual tens necessidade de te concentrar serve de inspiração nos momentos de distracção. Quem tem uma razão, encontra motivação.
2. Desligar
Inúmeras vezes vi pessoas queixarem-se do programa que estava a dar na televisão, quando a solução era tão simples: desligá-la no botão. Num momento de concentração, ao desligares as possíveis fontes de distracção (web, smartphone…), assumes tu o controlo, não o contrário.
3. Marca um tempo
Define o tempo “finito” em que estarás concentrado. Por exemplo, no KeepUp (ferramenta de produtividade académica para organização do tempo de estudo), esse pode ser o tempo de estudo recomendado. Não excedas esse tempo, a não ser que te sintas bem a fazê-lo. Procura cumpri-lo, sabendo que termina.
4. Escolhe apenas 3 tarefas… no dia anterior
“O que fica agendado, fica feito” (Michael Hyatt).
Aproveita para agendar no dia anterior um máximo de 3 tarefas a realizar no dia seguinte. O desafio será cumprir o que agendaste. Só treinando é que se aprende.
5. Intervalos frequentes e pequenos passeios
Procura fazer intervalos pequenos onde aproveitas para esticar, comer uma fruta, andar um pouco. E nos intervalos um pouco maiores aproveita para dar pequenos passeios. O coração acelera, o sangue flui, o cérebro fica oxigenado e, consequentemente, a capacidade de concentração aumenta.
6. Usa música apropriada a concentração
Está demonstrado que a música ajuda a concentrar. Existem sites como o Focus@Will especializados nisso, mas se procurares no YouTube (usa “best focus music for work”) encontras listas disponíveis para esse propósito.
Começa por uma de cada vez
Podias ser tentado em querer aplicar todos este modos de aprender a focar de uma só vez para superar as distracções. Não é boa ideia. Experimenta uma técnica de cada vez e sente se produz, ou não, efeito. Se experimentares pequenas vitórias, a tua motivação, e a confiança nas tuas capacidades, aumenta.
Questão: eu acredito na tua capacidade de melhorares a concentração, e tu?