Há uma diferença entre falhar e ser um falhanço. Todos falhamos e é bom falhar porque esse tipo de imperfeição dá-nos a humildade que precisamos para continuar a tentar apesar da falha.

Quando nos consideramos um falhanço significa que cedemos à ilusão de que falhamos sempre e nunca seremos capazes de conseguir alguma coisa na vida. Sempre e nunca são palavras que não devem ser usadas de ânimo leve.

[tweet_box design=”box_03″ float=”none”]Cada falha é uma iteração que nos coloca no caminho do sucesso.[/tweet_box]

falhar

No meu percurso falhei muitas vezes. Houve disciplinas que fiz apenas à terceira vez, perdi vezes sem conta em jogos de computador, falhei prazos e sofri com isso, cometi falhas como esposo e pai, e sabem… continuo a falhar.

Mas só falha quem faz ou tenta fazer. Quem não faz ou tenta fazer, é claro que não falha. Não importa tanto as vezes que caímos quantas as vezes que nos levantamos, pois só de pé se caminha.

Varia é o que fazemos quando nos levantamos depois de falhar, ou seja, como voltamos a caminhar.

 

Falhar de novo

Se não avaliamos bem as razões por termos falhado, o mais provável é que falhemos de novo. De cada vez que sentes ter falhado, pensa em todos os acontecimentos que levaram a essa falha. Disposição interior? Falta de empenho? Circunstâncias da vida? Não importa o quê desde que identifiques o porquê.

 

Recomeçar depois de falhar

Depois de teres identificado as razões chega o momento de recomeçar. E podemos recomeçar sempre. Recomeçar faz parte da pedagogia da esperança de que o futuro é melhor do que qualquer passado. Recomeçar é sinal de resiliência.

Um dia reparei que as duas presilhas do fecho da mochila do meu filho estavam fora de sítio. Levei mais de uma hora e consegui arranjar o fecho. Depois cosi as extremidades para que não saíssem do fecho e tudo ficou perfeito. Diante da minha resiliência o miúdo diz – “aprendi uma lição de vida.” Bom… até que ele voltou da escola no dia seguinte e o mesmo tinha acontecido, mas por outros motivos. Voltei à carga, mas não havia solução. O fecho não tinha arranjo e a falha de funcionamento tornou-se sistemática.

 

Então, o que fazer quando a falha é sistemática?

Por vezes desistir não é a atitude dos fracos, mas dos fortes. Pois, quem sabe se não falhamos por ser suposto seguirmos outro caminho? Desistir não é mau desde que desistas das coisas certas (Seth Godin). Se falhas sistematicamente, talvez seja o momento de considerar novos desafios na vida.

Voltando ao exemplo do fecho, a solução passou por ir a um profissional – sapateiro – e pedir para colocar um fecho novo. É uma boa forma de lidar com as falhas sistemáticas. Não é preciso substituir a mochila. Basta desistir do que não tem arranjo e começar algo de novo. Pode ser uma nova atitude, um novo método ou abordagem. Importa é que nos movamos com a vida porque – como diz o ditado – águas paradas não movem moinhos.


Questão: como lidas com as tuas falhas?